quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CIOPS registra 1 milhão de trotes somente este ano

Entre janeiro e outubro de 2013, a Ciops recebeu uma média de 3.458 trotes por dia. A prática, criminosa, atrapalha a Polícia

A Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) registrou, apenas neste ano, 1.051.265 “chamadas falsas”, mais conhecidas como trotes. Em média, foram recebidas 3.458 ligações desse tipo por dia, entre os meses de janeiro e outubro. Em todos os casos, as ligações diziam respeito a crimes que nunca existiram. A prática, além de criminosa, congestiona o sistema de atendimento da unidade, responsável por receber denúncias de toda a Capital.
De acordo com o supervisor do Núcleo de Teleatendimento da Ciops, major Victor Souza dos Santos, o volume de trotes corresponde a cerca de 20% do total de atendimentos feitos pela coordenadoria por ano. Até o mês passado, a Ciops recebeu 5.878.611 ligações - a média diária foi de 19.337,54. No mesmo período do ano passado, o número de trotes registrados foi de 1.378.114 ligações - 23,7% a mais.
Os trotes são destinados às polícias Civil e Militar e ao Corpo de Bombeiros. “Isso nos preocupa porque, enquanto a viatura está numa falsa ocorrência, deixa de atender o caso de alguém que está realmente necessitando de socorro. A linha telefônica também fica ocupada enquanto poderíamos estar recebendo uma ocorrência verídica”, lamentou o major.
Para o tenente-coronel Marinho Russo, coordenador da Ciops, o prejuízo não é maior porque nem todos os trotes geram ocorrências, com envio de viaturas. Na maioria dos casos, as atendentes perceberam que as chamadas eram falsas e encerram as ligações. Ainda assim, neste ano, 5.631 ligações culminaram com o envio de viaturas aos locais das possíveis ocorrências. No ano passado, foram deslocadas viaturas em 5.110 ocasiões.
“A situação é preocupante. Trabalhamos diariamente para tentar reduzir esses números. Existem casos em que o simples fato da atendente dizer que sabe de onde a ligação está sendo feita já faz com que a pessoa desligue”, avaliou Russo.

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