Para o “humorista” Danilo Gentili, o Nordeste é um lugar sem
energia elétrica, sem água e sem comida. E papel higiênico – sugeriu o
“intelectual” Roger (ex-Ultraje a Rigor) – também é uma preocupação da
população nordestina.
Segundo Gentili, os médicos cubanos que vão trabalhar no
Nordeste, através do programa Mais Médicos, “estão se sentindo em casa”.
Tudo isso dito em
pouco mais de 30 segundos e com ar de seriedade. Isto é, de piada pretensamente
engraçada – piada que não se pretende engraçada não se leva a sério.
Utilizando preconceitos que nos anos 1960 já seriam considerados
ofensivos, por debocharem da miséria humana e do sofrimento de milhões de
pessoas, hoje, diante de uma realidade completamente distinta, que não guarda
qualquer afinidade com a piada, Danilo Gentili soa não apenas como um dos
incontáveis imbecis que habitam cidades do Sul e Sudeste.
Ele soa como alguém cujo “talento” depende da existência de
imbecis como ele para se alimentarem continuamente do preconceito, da
discriminação e da ignorância.
Nenhuma raiva do Gentili. Apenas asco – como tenho de qualquer
pessoa preconceituosa e racista – e tristeza por constatar que ainda há muita
gente que se identifica com esse tipo de “humor”.
E o Roger… ahh, o Roger… desse eu só tenho pena…
PS: O primeiro comentário no post me chama de “politicamente
correto”. Bem, ”politicamente correto” é um termo criado por trogloditas pra
justificar sua imbecilidade e pra desqualificar quem não aceita seus
preconceitos. Não sou “politicamente correto” porque não tenho pretensão de ser
“correto”, muito menos “moralmente correto”. Mas acho preconceito de qualquer
espécie uma coisa de gente atrasada, que não saiu da Idade Média na escala de
evolução humana.
FONTE: Rogério Tomaz Jr - Conexão Brasília.
0 comentários:
Postar um comentário