Naquele que pode ter sido seu último ato como governador no Interior do Ceará, caso decida renunciar hoje, Cid Gomes (Pros) passou mal em cima do palanque em Limoeiro do Norte, a 194 km da Capital. Após receber o primeiro atendimento no local, ele seguiu de helicóptero para o Hospital Geral de Fortaleza. O primeiro diagnóstico indicava que ele estava desidratado e com pressão alta. Sobre o palanque, ele estava bastante suado.
O episódio ocorreu em momento de tensão e expectativa em torno da possibilidade de Cid renunciar para permitir a candidatura de seu irmão Ciro Gomes (Pros), ao Senado. O dia foi repleto de reuniões, conversas de bastidores, especulações e muita pressão.
O encontro que haveria na noite de ontem entre o governador, Ciro, o vice-governador Domingos Filho, os deputados Zezinho Albuquerque, Mauro Filho e o ex-ministro Leônidas Cristino foi cancelado. Todas as definições ficaram para hoje.
Protesto e tontura
Cid passou mal enquanto discursava na inauguração da Policlínica Regional em Limoeiro. Antes de começar a falar, professores e estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) faziam manifestação e gritavam palavras de ordem. O governador, então, perguntou se algum deles desejava fazer uso da palavra. Subiu ao palco a professora Bernadete Freitas, do Curso de Geografia.
Ela reclamou dos salários e do alegado não cumprimento de acordos firmados ao fim da greve da categoria. Quando terminou de falar, Cid começou seu discurso tratando de saúde. Em seguida, respondeu aos ativistas. “Não se faz um país sem educação. Educação no trato, no respeito a opiniões diferentes”.
Em determinado momento, o governador ficou tonto. Tomou água, tentou continuar o discurso e se abaixou. Foi cercado por correligionários e tentou continuar novamente. Logo desistiu. Deu boa noite e seguiu direto para uma ambulância do Samu, onde recebeu os primeiros socorros. De lá, seguiu de helicóptero para Fortaleza.
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