segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Cocaína boliviana corta estradas brasileiras e desembarca no Ceará


Traficantes driblam a precária fiscalização nas rodovias e trazem a droga em caminhões, carretas e bi-trens

Nem de barco nem de avião, muito menos de trem. A cocaína que entra no Estado do Ceará, oriunda da Bolívia, e que abastece dezenas de traficantes e é consumida por milhares de usuários, chega aqui escondida em caminhões, carretas, bi-trens e até em veículos tanques. Desafiando as autoridades, a droga percorre um longo caminho pelas estradas brasileiras, vai até São Paulo e depois chega ao Nordeste, ultrapassando dezenas de postos de fiscalização da Polícia sem que seja interceptada.

Esta é uma das conclusões das investigações que a Polícia Federal e os setores de Inteligência do Estado chegaram após a descoberta de dois carregamentos de cocaína nas últimas três semanas. Em um deles, a droga veio escondida em meio a um carregamento de farinha de trigo, desembarcado em uma fábrica de massas na BR-116, em Itaitinga. Eram, nada menos, que 107 quilos de cocaína comprovadamente de puro teor.

Logo em seguida, outro carregamento ainda maior e ainda mais valioso, foi apreendido logo que um caminhão-tanque ultrapassou a divisa entre o Ceará e o Estado do Piauí, através da região dos Inhamuns.

É dessa forma que a cocaína boliviana tem aportado no Estado do Ceará, seja já pronta para o consumo ou para ser desdobrada, ou ainda na forma de pasta-base, com o carregamento de 380 quilos interceptado pela PF.

O primeiro carregamento foi descoberto por policiais militares, do 15º BPM, na noite de 26 de novembro último, quando uma carreta com placas de São Paulo entrava em um galpão para alugar situado no Anel Viário, no Município do Eusébio. Pelo menos, três pessoas - sendo um casal de paranaenses e um paulista - foram capturadas após um tiroteio em que o restante do bando conseguiu fugir.

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