Instituto Dragão do Mar e movimentos sociais e artísticos definiram quatro propostas iniciais de ação voltadas ao público LGBT
Um mês após a morte de Dandara dos Santos, 42, o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) realiza ato de repúdio à violência que matou a cearense e vitima a população LGBT. A partir das 16 horas de sábado, 18, o CCBJ recebe apresentações de DJs, shows musicais, manifesto e até concurso de dublagem. Acesso gratuito.
O assassinato de Dandara, no dia 15 de fevereiro deste ano, chocou pela forma cruel e ódio dos agressores. Ela foi agredida até a morte e teve seus últimos momentos gravados. O vídeo passou a circular na Internet duas semanas depois. No último sábado, 12, a Polícia prendeu o oitavo suspeito na morte da travesti em Pedra Branca, a 261,6 km de Fortaleza.
Dentre os shows, 'A Mulher de Preto' e 'A Mulher Barbada' performam na Arena do Centro. Um manifesto de reafirmação dos direitos será lido às 19 horas. O evento no CCBJ é realizado por entidades e grupos artísticos ligados à pauta LGBT.
"Com o ato Dandaras Vivem, damos partida numa série de ações culturais e de formação que o Instituto Dragão do Mar vai realizar em parte dos equipamentos culturais que gere: o CCBJ, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e a Escola Porto Iracema das Artes, inicialmente", afirma o presidente do Instituto, o jornalista e antropólogo Paulo Linhares.
Reafirmação
"É um evento de luto, reparação e reafirmação", diz o presidente do Instituto, que recebeu lideranças de movimentos sociais e artísticas ligadas à pauta LGBT no último dia 7.
Quatro propostas iniciais saíram desse encontro. A primeira é a criação de um núcleo de formação artística LGBT no CCBJ e no Porto Iracema das Artes. Foram propostos também o desenvolvimento de espetáculos na temática no projeto Trajetos Artísticos LGBT, um festival específico de artes LGBT e um programa de TV, em parceria com a TVC, discutindo direitos da população LGBT. As pautas estão sendo encaminhadas por uma comissão especial designada na reunião.
"A gente tem que aproveitar esse momento para criar políticas mais consistentes e pertinentes", diz. "Chegamos a conclusão de que as carreiras artísticas são muito importantes para a reafirmação de gênero".
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