De acordo com o agora ex-secretário Ivo Gomes (Pros), a razão são atrasos nos repasses para pagamento de funcionários do Metrofor
Ivo Gomes (Pros) deixou a secretaria de Cidades. De acordo com nota enviada à imprensa pela pasta, o motivo seriam atrasos de repasses, por parte do governo, para pagamento d os vigilantes da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), sob responsabilidade de Ivo desde abril. "Diante da situação, e sem meios para resolver o problema, o secretário entendeu por bem entregar o cargo ao Governador. Assim o faz na tentativa última de garantir o pagamento dos trabalhadores e o bom funcionamento do Metrô de Fortaleza, Sobral e do Cariri", declara o texto. A assessoria do Palácio da Abolição afirmou que deve divulgar nota ainda hoje sobre a saída.
Os vigiliantes do Metrofor estão paralisados desde quarta, 15. Conforme o Sindicato dos Vigilantes, o salário de julho dos funcionários não foi pago, por há quatro meses o Metrofor não pagar a empresa terceirizada a qual os profissionais são vinculados.
Na Assembleia Legislativa, ainda há incredulidade com o anúncio. O deputado Elmano de Freitas (PT) afirmou que ocorreu uma reunião nesta quinta, 16, entre governo e vigilante. De lá, saiu o acordo para que os pagamentos sejam feitos até sexta, 17. Ele, portanto, acha que a decisão de Ivo é reversível.
Ivo, irmão caçula dos ex-governadores Cid e Ciro Gomes (ambos do Pros), era um dos últimos cidistas remanescentes da última gestão. A possibilidade de sua saída era ventilada desde maio, quando ele e outro ex-homem forte de Cid, Danilo Serpa (Pros) - que ocupava a Secretaria de Relações Institucionais -, não compareceram a reunião do Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (Mapp). Serpa acabou indo para a Ceará Portos e sendo substituído por Nelson Martins (PT), mais próximo do governador. Ivo, entretanto, disse ao O POVO que estava "morto de feliz" no cargo. "Fico até o momento que o governador quiser", declarou.
Com a saída, Ivo, que é deputado estadual, deve retornar à Assembleia Legislativa, o que levará a saída de Sineval Roque (Pros), que tomou posse há menos de um mês em decorrência da morte de Wellington Landim (Pros).
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