sexta-feira, 20 de março de 2015

DILMA AFASTA MUDANÇA NA EQUIPE MINISTERIAL

A presidente Dilma Rousseff negou ontem que vá fazer uma reforma ministerial e afirmou que não usará um critério partidário para nomear o substituto de Cid Gomes (Pros) no Ministério da Educação (MEC). “Vocês (jornalistas) estão criando uma reforma que não existe. São alterações pontuais. Estou fazendo uma alteração pontual no Ministério da Educação.Não tenho perspectiva de alterar nada nem ninguém, mas as circunstâncias às vezes obrigam você a alterar, como foi o caso da Educação. Não tem reforma ministerial”, disse, após evento em que editou Medida Provisória que detalha as condições de renegociação de dívidas de clubes de futebol. 

Segundo Dilma, o MEC não será “dado”. “O MEC não é dado para ninguém. Vou escolher uma pessoa boa para educação, não a pessoa desse, daquele ou de outro partido.” De acordo com ela, o nome será escolhido “o mais rápido possível”. 

A presidente foi obrigada a aceitar a demissão de Cid Gomes, após audiência dele na Câmara dos Deputados na última quarta-feira, para evitar que o PMDB deixasse de apoiá-la e agravasse ainda mais a crise política com o Congresso. 

Para Dilma, uma reforma não resolverá a crise política em que seu governo está imerso. 

“Reforma ministerial é uma panaceia, ou seja, não resolve os problemas.” O que resolve os problemas, disse ela, são medidas como a MP editada pela presidente na última terça-feira, e diálogo com diferentes atores. “Precisa dessa capacidade de escutar os outros lados.” 

Ao comentar sobre a MP do futebol, a presidente também afirmou sobre a atual situação do país: “O Brasil hoje tem todas as condições para superar esse momento e construir um caminho sustentável.” 

Incidente 

A saída de Cid foi motivada por um "incidente político grave" e da falta de "condições políticas" que ele teria após embate em sessão da Câmara. A avaliação é do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que comentou ontem a demissão do então titular da pasta da Educação. 

"Acho que ninguém desejava que isso pudesse se transformar no episódio que tivemos, mas aconteceu. 

A política é assim. Tem que virar a página, tocar para frente a educação", afirmou. 

Mercadante não quis comentar boatos sobre sua eventual saída da Casa Civil -e retorno ao Ministério da Educação. "Não comento. Tenho trabalho demais para me preocupar com essas coisas." (Folhapress)

O Povo Online

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