O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, 12, que foram registrados até o dia 7 de março, 224,1 mil casos de dengue em todo o país. O número representa um aumento de 162% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considerou o aumento de casos expressivo, mas avaliou que a situação não se compara à epidemia de 2013, quando foram registrados 425,1 mil casos. Para ele, as condições climáticas e mesmo a crise hídrica influenciaram o cenário da dengue no país, uma vez que foi registrada maior tendência de armazenamento de água nas regiões Sudeste, Sul e Norte. Além disso, muitos municípios, segundo Chioro, não organizaram corretamente a rede de prevenção e combate à doença.
De acordo com a pasta, mesmo diante do aumento de casos, o número de óbitos por dengue caiu 32%, passando de 76 mortes em 2014 para 52 este ano. Também foi registrada redução de 9,7% no número de casos graves. Em 2015, foram identificados 102 contra 113 no ano passado.
"Apesar dessa redução de 31,5% nos óbitos, eles estão ocorrendo e é fundamental reforçar o conjunto de ações", destacou Chioro.
Os números mostram que o estado do Acre apresenta a maior incidência de dengue, com 695,4 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Goiás, com 401 casos para cada 100 mil habitantes, e por São Paulo, com 281 casos para cada 100 mil habitantes.
Os casos autóctones (registrados em pessoas sem registro de viagem) de febre chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti, somam 1.049 casos até o dia 7 de março, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. No ano passado, foram confirmados 2.773 casos autóctones da doença. Entre 2014 e 2015, o ministério identificou 100 casos importados, de pessoas que viajaram para países como República Dominicana, Haiti e Venezuela.
Agência Brasil
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