O governo espera acalmar o mercado financeiro com o anúncio, em breve, do reajuste dos preços dos combustíveis. A decisão ainda não está tomada e depende da palavra final da presidente Dilma, que pode decidir nesta semana em reunião com o ministro Guido Mantega (Fazenda).
Em uma só tacada, a ideia é aplacar o mau humor do mercado e atender às necessidades de recomposição de caixa da Petrobras, mas o aumento, se concedido neste ano, será menor do que o reivindicado pela estatal. O número que a presidente da companhia, Graça Foster, comentava em reuniões da cúpula era 10%.
A opção por um ajuste menor que o pedido visa evitar impacto inflacionário significativo neste fim de ano. Um aumento elevado poderia levar a inflação a estourar o teto da meta em 2014, de 6,5%.
Outro motivo para o reajuste menor é que a defasagem dos preços da gasolina e do diesel cobrados no mercado interno em relação aos preços internacionais de petróleo e derivados, que chegou a 20% em alguns períodos no ano, praticamente não existe desde o início deste mês.
O reajuste dos combustíveis, que, pela perspectiva do governo, vai melhorar o ânimo do mercado, está na pauta da reunião do conselho de administração da próxima sexta-feira, dia 31. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já disse que aumentos de preços ocorrerão ainda em 2014, seguindo a tradição de conceder ao menos um reajuste a cada ano. Dentro do conselho de administração, no entanto, não há um consenso de que este seja o melhor momento.
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