O vice-prefeito de Maracanaú, Carlos Eduardo Bandeira de Mello, é acusado de comandar esquema de fraude de licitações que operou no Município durante mais de sete anos. A informação foi revelada nesta terça-feira, 8, após deflagração de operação conjunta entre Ministério Público do Estado e Polícias Civil e Militar. Procurado pela Justiça, Bandeira de Mello e outras quatro pessoas estão foragidas. Prejuízos podem chegar até R$ 50 milhões.
Ao todo, dez pessoas foram presas na operação, a maioria integrantes da Comissão Central de Licitação da Prefeitura e sócios de empresas de construção. Foram cumpridos ainda 26 mandados de busca e apreensão, nos Municípios de Fortaleza, Maracanaú, Maranguape, Aquiraz e São Gonçalo. Prejuízos totais do esquema podem ir de R$ 45 milhões até R$ 50 milhões.
Segundo representantes do MP, o grupo praticava conluio para manipular processos licitatórios da Prefeitura. Quando uma empresa deixava de ganhar um certame, outra automaticamente assumia a responsabilidade. Ainda de acordo com o MP, algumas das empresas envolvidas foram criadas justamente para disputar licitações.
Vice-prefeito da gestão Firmo Camurça (PR), eleito em 2012, Carlos Eduardo Bandeira de Mello é também secretário de Infraestrutura do Município desde 2007. Ele foi nomeado secretário ainda durante gestão Roberto Pessoa (PR), um dos maiores oponentes políticos de Cid Gomes (Pros) no Ceará.
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