Moradores de Paracuru, onde mãe e filha foram assassinadas, devem ser ouvidos nesta quarta-feira, 26. Motivação do crime ainda não foi definida, conforme a Polícia
A mãe de Marcelo Barbarena Moraes,37, réu confesso do assassinato de de Adriana Moura de Pessoa Carvalho e da filha de oito meses do casal, Jade, prestou depoimento à Polícia CiviL, na tarde dessa terça-feira, 25. Magali Barbarena disse à diretora da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Socorro Portela, que as famílias do filho e da nora tinham uma boa relação. O inquérito do caso deve ser concluído em até dez dias.
“Ela contou que as famílias eram amigas, ela também tinha um contato bom com a Adriana. A esposa morou um tempo com Marcelo e a sogra materna, no Rio Grande do Sul. Depois, o casal foi morar com a avó paterna dele, também no estado”, detalhou Socorro ao O POVO Online. Ao todo, seis pessoas foram ouvidas na DHPP, de 15h45min até às 21h49min.
Segundo a diretora, Marcelo não confessou ter ciúmes do bebê e permaneceu a maior parte do depoimento calado, sustentando que havia brigado com a esposa no dia dos disparos. “Ele disse que discutiu com a esposa e na hora efetuou o disparo, mas ainda não dá para saber se foi premeditado. Ele não relatou outras brigas e não disse o teor da discussão do dia do crime”, frisou.
As contradições entre os depoimentos do irmão de Marcelo e da cunhada permaneceram, mas não houve necessidade de acareação, conforme Socorro. “Foram divergências periféricas, ainda não definimos porque demoraram [para chamar a Polícia]. Os dois irmãos eram muito ligados, quando o Marcelo contou ao Rafael [irmão] que atirou na Adriana os dois tiveram uma reação de desespero”.
De acordo com a diretora da DHPP, o irmão e a cunhada pestam depoimento como testemunhas e não devem ser autuados. "Nesse caso não é crime se eles faltaram com a verdade, pois são parentes", explicou.
Na manhã desta quarta-feira, 26, a delegada e uma equipe da DHPP vai à casa de veraneio da família para colher depoimentos da vizinhança. Na quinta-feira, 27, haverá coleta de DNA do suspeito, do irmão dele e da cunhada. Já na sexta-feira, 28, os patrões de Adriana e Marcelo devem ser ouvidos.
Prisão
Por motivos de segurança, Marcelo está detido na DHPP, em uma cela com outros cinco presos de nível superior. "Ele parece querer fugir das lembranças, disse que atirou em um momento de loucura. Brugou com a mulher e depois voltou ao quarto quando ela dormia. Os outros presos relataram que ele não come nem consegue dormir", completa Socorro.
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