segunda-feira, 13 de abril de 2015

Ato em Fortaleza começa com 3 mil e acaba com 20 mil manifestantes

Os dados são da Polícia Militar. Ao chegar à Praia de Iracema, o número de participantes na manifestação contra Dilma subiu para 20 mil. A PM não justificou a mudança na adesão. Organização fala em 32 mil pessoas

A Praça Portugal, em Fortaleza, voltou a ser palco, ontem, de milhares de manifestantes que pediam o fim do governo da presidente Dilma Rousseff e de seu partido, o PT. A estimativa de público feita pela Polícia Militar foi semelhante à divulgada no primeiro protesto, em 15 de março: 20 mil pessoas. Para a organização do evento, o público chegou a 32 mil participantes. Palavras de ordem contra a presidente foram o mote da manifestação.
Enquanto o grupo estava concentrado na Praça Portugal, a Polícia Militar apontava cerca de três mil participantes. Ao chegar à Praia de Iracema, no entanto, o número subiu para 20 mil, mas o comando da PM não justificou a mudança na adesão. Ao comparar a manifestação de 15 de março e a de ontem, populares que participaram de ambos os eventos ressaltavam que o primeiro teve mais adeptos.
Com roupas predominantemente nas cores verde e amarelo, as pessoas começaram a chegar à praça por volta das 14 horas. O protesto começou oficialmente às 16 horas, com discursos de organizadores, e se estendeu até às 19 horas, após a multidão percorrer as avenidas Desembargador Moreira e Abolição, em percurso de cerca de dois quilômetros.
Críticas
A maioria dos cartazes – boa parte deles distribuídos pelos organizadores do evento – continha frases como: “a nossa bandeira jamais será vermelha”, “não queremos que o Brasil seja uma Venezuela”, “Dilma pede para sair” e “fora PT e leve o Lula (ex-presidente) com você”. Também houve quem pedisse intervenção militar – inclusive com cartazes escritos em inglês –, redução de ministérios e fim do fundo partidário. 

Nos discursos, houve críticas a ações da presidente, como a nomeação do ministro da Educação, Renato Janine, taxado de doutrinador da ideologia do PT. Já o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato, foi aplaudido e aclamado como “herói do povo brasileiro”. A Polícia Federal também recebeu elogios.
Nem a distribuição de panfletos contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), mudou o foco dos discursos. No microfone, organizadores ressaltaram que Cunha também tem seus defeitos, mas o foco atualmente é a saída da presidente Dilma Rousseff e, depois, eles “se preocuparam com o próximo”.

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