terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Voto em papel é "retrocesso" e "volta ao abismo", diz deputado

Nesta segunda-feira, nota do TSE afirmou que, por conta de falta de recursos, as eleições de 2016 serão realizadas com cédulas de papel


A informação de que eleições do próximo ano podem ser feitas em cédulas de papel provocou reação de parlamentares nesta terça-feira, 1º, na Assembleia do Ceará. Da tribuna da Casa, o deputado Ferreira Aragão (PDT) criticou a medida, que classifica como “retrocesso” e “volta ao abismo”.

Nesta segunda-feira, nota do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que, por conta de falta de recursos, as eleições de 2016 serão realizadas à moda antiga: com cédulas de papel. Será a primeira eleição neste modelo desde o ano 2000, quando começaram a ser utilizadas as urnas eletrônicas.



A mudança consta de portaria conjunta dos presidentes de todos os tribunais superiores do País publicada no Diário Oficial da União. Ao todo, o corte feito pelo Executivo no orçamento do Judiciário soma R$ 1,74 bilhão - sendo que R$ 428,7 milhões foram retirados da Justiça Eleitoral.

Ainda segundo a portaria, a organização das eleições requer a compra de novas urnas para enviar aos municípios, instalar programas eletrônicos, fazer a segurança dos equipamentos já adquiridos e outras medidas a fim de evitar a violação do sistema.

Protesto

“Não lembram quando urnas desapareciam? Estão piorando cada vez mais o processo eleitoral e me preocupo com a democracia e clareza nessas eleições”, disse Ferreira Aragão, que afirmou ainda que o voto em cédula “compromete” a democracia brasileira.

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