Os dirigentes regionais do PROS se preparam para definir, nesta semana, o candidato do partido ao Governo do Estado. Cinco nomes são citados como pré-candidatos – Mauro Filho, José Albuquerque, Leônidas Cristino, Izolda Cela e Domingos Filho. Dos cinco nomes, apenas dois – Albuquerque e Domingos, se movimentam em ritmo de pré-candidatos, participando de reuniões e visitando cidades do Interior do Ceará.
A partir desta segunda-feira, dia 23, o PROS tem mais seis dias para anunciar o candidato a governador a ser oficializado na Convenção Estadual, marcada para o dia 29. O começo da semana é de muita tensão. O Governador Cid Gomes lidera o processo de escolha do candidato a governador e enfrenta um ambiente tenso em função do calendário eleitoral.
As últimas articulações indicam que, até quinta-feira, o nome será anunciado. O PROS trabalha para formar uma coligação majoritária (Governador e Senador) com 24 partidos. As coligações proporcionais (Câmara Federal e Assembleia Legislativa) serão fechadas com base nos cálculos e previsões de votos de cada partido.
Os pré-candidatos do PROS ao Governo do Estado disputam a preferência dos eleitores, dos partidos aliados e dos irmãos Ferreira Gomes. Os critérios para escolha do candidato passam pelo poder de articulação política, boa relação com os partidos aliados, conhecimento técnico e administrativo do Estado, experiência e aceitação eleitoral, com base em pesquisas de opinião pública que estão sendo realizadas.
A última pesquisa do Ibope apontou o vice-governador Domingos Filho com 22% de intenções de votos, em um cenário de disputa com o senador Eunício Oliveira. Domingos foi o nome do PROS com melhor desempenho eleitoral, seguido de Mauro Filho e Leonidas Cristino (15%), José Albuquerque (14%) e Izolda Cela (13%). Em todos os cenários, Eunício aparecia em primeiro lugar.
Durante os meses de maio e junho, Domingos decidiu intensificar reuniões com dirigentes de partidos, mergulhou em uma puxada agenda de visitas ao Interior e ganhou títulos de cidadanias em várias cidades. Comandou, ainda, no mês de junho, o ciclo de debates do Projeto Governança Colaborativa – um modelo de reuniões para ouvir demandas da população e prestação de contas do Governo do Estado.
Com as reuniões, que estavam no calendário administrativo do Governo, Domingos se aproximou ainda mais dos prefeitos, vereadores e lideranças políticas municipais. O presidente da Assembleia Legislativa e, também, pré-candidato a governador, José Albuquerque, não se descuidou da agenda e manteve uma série de reuniões com líderes partidários. Outro pré-candidato -Mauro Filho, manteve um ritmo mais reduzido de atividades, enquanto Leônidas Cristino e Izolda Cela, por decisão própria ou orientação, ficaram mais retraídos.
A disputa das eleições deste ano tende a ser mais acirrada. Em 2006, Cid Gomes reuniu uma ampla base partidária para se eleger Governador na disputa contra o então Governador Lúcio Alcântara, que estava fragilizada e enfrentava o PSDB rachado. Lúcio não teve o apoio de Tasso, nem dos tucanos de expressão eleitoral. Cid ganhou a eleição e, em 2010, se reelegeu sem dificuldades. Agora, o cenário mudou e um dos principais aliados – o senador Eunício Oliveira, hoje é adversário. Eunício é candidato do PMDB e poderá ter o apoio do PSDB, formando, ainda, uma aliança com o PR.